quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Perdas

Em um dia típico de outono o raio de sol chega assim desavisado, não tem lugar pra ele.
É do tipo inevitável, nem se preocupa se você quer sentir o frio.
Toca e pronto.
E de repente o frio passa e o calor do sol ganha seu espaço, sua pele. Domina.
Mas sempre vai, sempre ele que vai.
Pra quem fica, causa tons saudosos à luz da Lua.
Admiro raios de sol.
Não sou ele não, sou aquele friozinho que dá pra escapar com um casaco e capuz.
Aquele que avisa: Ei, vou esfriar mais agora ... se agasalhe !
Analiso minha própria temperatura e sou sempre noticiado nas previsões do tempo
e eu mesmo que me anuncio: Vou chegar dia 10, quero causar faltas de ar e palpitações.
Friozinho pretensioso que sou. Mas assim que passo, me arrependo de não ter causado arrepios.
É que nem chego a encostar não, sou um friozinho distante ... nem brisa chego a ser.
Nem sei como derrubar as folhas amarelas.
Porque sou insegura demais pra ser ventania.

Um comentário:

  1. Encantador. Desliza-se suave pelas palavras enquanto se ler,escorrega-se em imaginação,e por fim cai,como as folhas de outono,tão leve que nem as sinto sobre mim.

    Você é um desejo. Uma ilusão. Não é real.rs

    Obs:Vou sempre 'pousar' por aqui, quando puder.

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