domingo, 20 de junho de 2010

Cereja

Cereja em voltas.
Pedi pro tempo parar um tantinho
Só um tiquinho pra gente se vê.
A luz colorida que sai de você
quando bate o sol
já alegra todo meu dia sem cor.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Mas a saudade

É que eu sinto saudades do brilho dos seus olhos e
do encanto que tinha por mim.
Do segredo disfarçado e culpado pelas insônias.
Dos presentes - surpresa.
As horas passando ...
Furtivos encontros.
É na saudade que vejo o quanto era bom notar seus olhos parados na minha direção.
E sua risada sem graça dos seus devaneios proibidos.
É que eu sinto saudade desse tempo.
Do tempo que nasceu a canção
Que me parecia tão mútuo ...
tão meu.
É que eu sou de inseguranças mesmo,
e agora vejo seus olhos já cansados.
Um respeito pelo que passou.
Aquela amizade sem paixão.
Já não espero muito de mim,
nunca soube te conquistar
É que tenho medo da sedução,
do talvez.
É que eu sempre tive medo.
Mas a saudade...

terça-feira, 1 de junho de 2010

... e viveu.

Certa vez ela acordou chorando de saudade do sonho que teve. Tudo que guardava pra ela era mais bonito, o sonho era mais bonito, o toque era mais bonito. Até mesmo as palavras do desabafo acabavam com a magia, as limitações das palavras e as previsões erradas era o que doia.
Sempre gostou de não possuir tocando, de beijar não beijando e foi então que de repente ela sentiu vontade ... Uma vontade que apertava seu peito quando ela achava que a imaginação bastava. Achou-se mudada e então tocou, e então cedeu, e então viveu ... e não foi como das outras vezes que se arrependera, foi um sorriso que não conseguia guardar. Era como se ela tivesse vencido, era uma vida ... e viveu. Mas o problema da vida é que se acaba, cessa. E sempre foi isso o que temia ... a morte, o fim, o depois e mais ... o outro. Sempre gostou de se bastar, era ela e suas teorias, ela e suas fantasias ... acha que nunca aprendeu a se amar, não era o amor que fazia ela se bastar, era a ausência dele.