terça-feira, 1 de junho de 2010

... e viveu.

Certa vez ela acordou chorando de saudade do sonho que teve. Tudo que guardava pra ela era mais bonito, o sonho era mais bonito, o toque era mais bonito. Até mesmo as palavras do desabafo acabavam com a magia, as limitações das palavras e as previsões erradas era o que doia.
Sempre gostou de não possuir tocando, de beijar não beijando e foi então que de repente ela sentiu vontade ... Uma vontade que apertava seu peito quando ela achava que a imaginação bastava. Achou-se mudada e então tocou, e então cedeu, e então viveu ... e não foi como das outras vezes que se arrependera, foi um sorriso que não conseguia guardar. Era como se ela tivesse vencido, era uma vida ... e viveu. Mas o problema da vida é que se acaba, cessa. E sempre foi isso o que temia ... a morte, o fim, o depois e mais ... o outro. Sempre gostou de se bastar, era ela e suas teorias, ela e suas fantasias ... acha que nunca aprendeu a se amar, não era o amor que fazia ela se bastar, era a ausência dele.

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