segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Vocês que controlam meu guidom

Uma platonice fotogênica.
Elas acreditavam mais que eu.
Um pedal.
Outro pedal.
Um tanto de equilíbrio me faltava.
Descontrolei meu guidom.
Eram muitos 'vai lá'
Que acabei por ir.
Nada se compara ao vento tocando meu rosto.
Parecia tão grande aquele momento.
Toquei o chão.
Dois metros inteiros ali atrás.
Pulos de satisfação.
Sem muito suín, mas com muita paixão.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Chocolate

O bem estar que me toma
é um sublime sentimento.
Penso até que tenho asas.
Quando se desmancha
me completa.
Hum, é açúcar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tão ela


A primavera ajudou um pouco, ela se aproveitou das flores, mas não comparo ela com estas. Não a comparo.
Ela é assim, tão ela.
Brilha, um brilho particular. Pequena que se nota, sorriso que encanta até o mais longe que se possa imaginar.
Ela é assim, tão ela.
Tem seu mundo, que não é encantado, não tem uma fada madrinha, tem várias. Porque cativa.
Mesmo quando se fecha, ela precisa de um pouco dela, só, mesmo que precise de mais alguém.
Ela é assim, tão bela.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Não sou boa nisso

As palavras saiam mais rápidas que meu pensamento.
Falar qualquer coisa me parecia melhor que o silêncio.
Esperei meio sem jeito, imaginei meios mais loucos pra chegar até você.
Não sou boa nisso.
Faltou algum charme que não possuo.
Cheguei da forma mais indiscreta.
Era você e eu também.
Éramos nós.
Não esperava que lembrasse,
lembrou,
me surpreendeu.
Minhas mãos em seu cabelo parecia tão certa.
Suas mãos tão leves.
Seus lábios tão gentis.
Seria mais justo tê-los mais tempo junto dos meus.
Não tive.
Achei pouco.
Tenho o tempo.
Talvez os lábios.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Aline no país das maravilhas

Mãos. Elas tremem. Nem controlo mais, nem me atrevo mais. O que deveria ser perfeito é pra ser perfeito, mesmo que o tempo se atreva a manipular. Ele sabe o que quer, o tempo. E eu saberia mais se o mundo não me manipulasse dessa forma. Meu jeito de cortar o cabelo deveria estar na moda, pra combinar com meu vestido. Isso é tão moderno ! Minhas modernices são antigas, meu mundo é diferente do real. É tão platônico aqui ! Consegue ver ? Prefiro distante, distante de mim. Me pertencendo ainda, mas livre, mais meu. Sei lá, apenas sinto. E as palavras nascem assim meio desequilibradas, meio perdidas em mim. Junto aquelas que chegam mais próximas do que quero transmitir. Desajustei os ajustes da minha mente, me permito além. Não se sabe o que sei, o que sabes eu sei. Saberemos ainda que não seja o último, sentiremos ainda que não seja longe. O que é perto eu quebrei.

sábado, 4 de julho de 2009

Apenas aquela.

Você é apenas aquela que não se pode esquecer !
Aquela que quando entristece leva junto meu penar.
E é tanto que me entende.
E é tanto que se sente, que posso chamá-la de aquela irmã.

sábado, 30 de maio de 2009

Sem dom

Sobrou um sorriso.
Faltou mais alma.
Sinto menos medo.
Mas a insegurança tomou conta de mim.
O que me domina, jamais me dominou.
Queria de volta a liberdade.
O poder do meu controle.
Nasci sem dom.
Errei no tom.

sábado, 16 de maio de 2009

Um tímido rapaz

Calado de um modo irritantemente charmoso.
Você foi um mistério pra mim.
Nas suas meias palavras imaginei declarações sem sentido.
Me declarei com palavras inteiras.
Me enganei e esperei.
A atitude foi o que faltou, até de minha parte.
Não houve enganos.
Houve incerteza e meus medos infantis.
Queria ouvir de novo a risada discreta
e ver o sorriso gentil de um tímido rapaz
que roubou meus olhares e que me inspirou tempos atrás.

Me venci, me perdi.

Senti algo aqui dentro.
Uma falta .
Uma qualquer.
O ego.
Um tiro cego.
E te acertou.
Mirei por maldade,
por vaidade, talvez.





terça-feira, 5 de maio de 2009

De Aline à Dayane


Em letras conhecidas
chegou uma carta.
Tentei ler, mas as lágrimas atrapalharam um pouco.
Lágrimas de felicidade.
Lágrimas de surpresa, de amizade.
A dor da saudade foi anestesiada ao ler frases sinceras.
Senti aquele aperto, aquela vontade de dar um abraço gigante.
Molhei as páginas, sequei as páginas.
Lembrei de tudo e sonhei com o porvir.
Olhei as nuvens e o céu azul, sorri.
Uns neosoros me veio a cabeça.
Do trakinas até sopas.
Do diet ao light.
De Dayane à Aline.
Dois de cinco! Claro!



sexta-feira, 1 de maio de 2009

A fuga

Sem as palavras me sinto cega.
Não percebi.
Me fechei.
Quando ouvi, me calei.
Permaneci sorrindo.
Escondi aquela verdade.
A minha verdade.
Amei um dia a minha vaidade.
Agonia, não tome isso de mim!
Sem saber de como fugiu.
Fugiu de mim.
Fugi assim.

segunda-feira, 20 de abril de 2009



Sei que vou te achar.

Talvez daqui a algumas décadas.

Seu sorriso vai me hipnotizar.

Você vai perceber e vai sorrir sem graça dessa vez, um sorriso discreto.

Vou desviar o olhar e corar.

Sentirei vontade de tocar em sua barba mal-feita.

Não vou tocar.

Você vai dizer muito prazer, eu vou dizer é todo meu.

É todo nosso.

Vou sentar a seu lado, você vai chegar mais perto de mim.

Talvez eu minta a minha idade, talvez você também minta a sua.
Talvez eu fale sobre cachorros e você diga que tem cinco.

E que toca uns
rocks pra eles com seu violão, toca todos os dias.
Seus olhos brilham.
Talvez eu comece a te amar ali, naquela hora.

Disfarço e como o meu doce saboroso, você não resiste e me beija.

Hum. Sabor de chocolate.

Desviarei de novo o olhar.

Você me puxa pelo queixo, talvez você
sussurre em meu ouvido.
Talvez eu não escute.
E você me beija mesmo assim, e me faz rir.

E como você me faz rir!
Pede meu telefone, talvez você ligue.
Eu vou esperar por isso.
Talvez eu atenda.

Talvez eu te encontre.

É provável que não
.

terça-feira, 7 de abril de 2009

A falta

Não é pela perda ... é pela falta.
Quando você partiu, eu nem sabia o que era saudade.
Foi um dia cinza, com pessoas de preto.
"Seu pai morreu."
Foi dito assim. Nem sabia o que era choro de tristeza.
Senti falta de "encostar a cabecinha no seu ombro".
Fiquei sentadinha no meu quarto, e percebi que você não ia voltar.
Não ia voltar mais.
Anos mais tarde, pedi que voltasse.
Pedi que voltasse um dia deitada ao seu lado, ouvindo uma historia qualquer,
pra curar as minhas feridas, pra secar as minhas lágrimas, pra me falar coisas bonitas.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

No meu silencio


O vento balançou os meus cabelos.
Lembrei do que vi e vi o que antes não via.
Quando fechei os olhos não sabia se sonhei ou se era real.
Realmente, quando sonho a realidade se confunde.
Quando vivo sonho um mundo de mentiras que contam a verdade sobre mim.
Abri os olhos,
senti o momento,
ouvi aquela canção e preferi mentir um pouco mais no meu silêncio.