sexta-feira, 26 de março de 2010

Lamentável liberdade

Lamentável
Que eu não possua a tal impulsividade
Que eu me limite
E mais e tanto
Que eu não me permita
E que (ainda) me satisfaça
Com pensamentos solitários acompanhados
E solitárias companhias do meu pensamento.
A razão vestida
E eu despida.
O sentimento tão sentido
No seu olhar
E eu tão entregue à minha utópica liberdade.
Lamentável liberdade
Que me impede de voar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Rompimento com Platão

Despoja meus pensamentos,
meus sonhos,
minha sanidade,
minha certeza.
Como necessidade
ou mais.
Posso chamar de vício ou cura.
Minha imprevisível paixão.
Minha única paixão.
Meu medo e minha lágrima.
Uma porta, aquela saída.
Sua lágrima e sua angústia.
Meu egoísmo e minhas desculpas.
Seu olhar tímido e minha busca.
Ser toda vida ou só vida toda.

De pensar

Os sonhos não sendo sonhos
Os beijos não sendo beijos
As confissões que nunca acontecem
As minhas dúvidas e minhas certezas
Na minha segurança infantil ...
no meu mundo egoísta
A solução dolorosa me fez sorrir
Só de ter assim pra sempre,
só de pensar ...
Sou de pensar.