sábado, 30 de maio de 2009

Sem dom

Sobrou um sorriso.
Faltou mais alma.
Sinto menos medo.
Mas a insegurança tomou conta de mim.
O que me domina, jamais me dominou.
Queria de volta a liberdade.
O poder do meu controle.
Nasci sem dom.
Errei no tom.

sábado, 16 de maio de 2009

Um tímido rapaz

Calado de um modo irritantemente charmoso.
Você foi um mistério pra mim.
Nas suas meias palavras imaginei declarações sem sentido.
Me declarei com palavras inteiras.
Me enganei e esperei.
A atitude foi o que faltou, até de minha parte.
Não houve enganos.
Houve incerteza e meus medos infantis.
Queria ouvir de novo a risada discreta
e ver o sorriso gentil de um tímido rapaz
que roubou meus olhares e que me inspirou tempos atrás.

Me venci, me perdi.

Senti algo aqui dentro.
Uma falta .
Uma qualquer.
O ego.
Um tiro cego.
E te acertou.
Mirei por maldade,
por vaidade, talvez.





terça-feira, 5 de maio de 2009

De Aline à Dayane


Em letras conhecidas
chegou uma carta.
Tentei ler, mas as lágrimas atrapalharam um pouco.
Lágrimas de felicidade.
Lágrimas de surpresa, de amizade.
A dor da saudade foi anestesiada ao ler frases sinceras.
Senti aquele aperto, aquela vontade de dar um abraço gigante.
Molhei as páginas, sequei as páginas.
Lembrei de tudo e sonhei com o porvir.
Olhei as nuvens e o céu azul, sorri.
Uns neosoros me veio a cabeça.
Do trakinas até sopas.
Do diet ao light.
De Dayane à Aline.
Dois de cinco! Claro!



sexta-feira, 1 de maio de 2009

A fuga

Sem as palavras me sinto cega.
Não percebi.
Me fechei.
Quando ouvi, me calei.
Permaneci sorrindo.
Escondi aquela verdade.
A minha verdade.
Amei um dia a minha vaidade.
Agonia, não tome isso de mim!
Sem saber de como fugiu.
Fugiu de mim.
Fugi assim.