sexta-feira, 30 de março de 2012

Caberia dizer que me assusto com facilidade
ou caberia não falar nada e não encaixar os meus nãos
e ser toda sim, aceita, sorrisos e paz.
Não me caberia mais nada que não me saísse
ou só me caberia o nosso silencio por fim.
De não caber já basta toda a realidade que não entra,
todo querer que sem liberdade, se esvai.
Queria caber no seu melhor sorriso de fim de tarde
e lavar as descabidas dores que te trouxe.


sexta-feira, 16 de março de 2012

Catarse


Minha tempestade veio tamanha nesse dia chuvoso que ao ler um "eu te amo" desconhecido, chorei.
E nesse dia ao me ler, desconhecida, tamanha, chorando "eu te amo", chovi minha tempestade.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A beleza

Sua ternura é tão poesia que nem encontro as palavras quando penso em te descrever.
As mudanças que te sequestram, não roubam a gentileza dos seus gestos, nem o seu olhar manso quando deita já cansada.
Nem que eu escrevesse a noite toda, ou inventasse significados ou esboçasse traços indisciplinados, nada disso caberia você. 
Não se pode te prender, seria prosaico e impróprio. 
Nem pelo que não se é ainda, mas pelo tanto que está. 
Você "está" muito, mesmo quando fica pouco e se vai. 
Tão lindo quando se permite ser por vontade, leva a beleza da liberdade em seu chapéu e o olhar travesso de outrora. 
Tão linda de ser quando se encanta por descuido, diz que não se leva inteira, mas a parte que vai ou a que fica guarda as lembranças dos momentos que quando despertos dói bonita de ouvir e sentir.
De tudo, pra mim, você é a mais bonita de ouvir e sentir.