terça-feira, 1 de junho de 2010

... e viveu.

Certa vez ela acordou chorando de saudade do sonho que teve. Tudo que guardava pra ela era mais bonito, o sonho era mais bonito, o toque era mais bonito. Até mesmo as palavras do desabafo acabavam com a magia, as limitações das palavras e as previsões erradas era o que doia.
Sempre gostou de não possuir tocando, de beijar não beijando e foi então que de repente ela sentiu vontade ... Uma vontade que apertava seu peito quando ela achava que a imaginação bastava. Achou-se mudada e então tocou, e então cedeu, e então viveu ... e não foi como das outras vezes que se arrependera, foi um sorriso que não conseguia guardar. Era como se ela tivesse vencido, era uma vida ... e viveu. Mas o problema da vida é que se acaba, cessa. E sempre foi isso o que temia ... a morte, o fim, o depois e mais ... o outro. Sempre gostou de se bastar, era ela e suas teorias, ela e suas fantasias ... acha que nunca aprendeu a se amar, não era o amor que fazia ela se bastar, era a ausência dele.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A fuga é minha fuga

A fuga não é minha vontade.
É meu instinto
E mais,
É minha fuga.
Não sou do tipo amável.
Sou por parcelas sutis,
Por paciência
E cegueira.
Não creio.
Nem mesmo quando eu vejo,
ou toco,
ou sinto.
Sou sem fé, também.


terça-feira, 27 de abril de 2010

Entendi.

E a generosidade me dói vagarosamente.
Te conhecer dói mais.
Vai além.
Perceber o que não se percebe,
e eu percebi.
Nunca fui de positividades.
Provas nas sutilezas.
Entendi.
Assim, a ilusão é nula.
E engulo a realidade
junto com o salgado
das águas que invadem meus lábios.

Finito.

É de dor
o tempo
Que me paralisa
por medo do finito.
E é meu seguro todo aquele tempo.
Minha vantagem e risco.
E é ele que me trai.
Ela sabe usá-lo com maestria.
Sabe. E isso basta.
Só precisou de uma dose para te dopar.
E eu só querendo a culpa de uma pequena parte
de sua embriaguez.


terça-feira, 20 de abril de 2010

Mas por que isso nos toma ?
Logo eu
que sempre me orgulhei
de mostrar um coração recolhido
um tanto tímido
e gelado.