O receio de ser como o mar revolto que cobiço é o estorvo que impede meus cabelos de embaraçar com o vento.
O medo que arrefece minha espinha é o que tolhe meu usurpador grito de liberdade.
O pavor de mirar a desilusão escorrendo pela tez familiar é que refreia minha esfinge libertina.
Contemplo a covardia que me assola com a inércia comum aos fracos.
Carrego no peito meu próprio perdão, tão comum aos conformados.
Na esperança de que os fios brancos venham amainar toda a sofreguidão vou serenando com o passeio dos ponteiros. Entre a paralisia e o assalto sigo inflamando insanidades profanas nas fogueiras clandestinas tão secretas quanto os gemidos dos pervertidos.
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