Um jardim bem grandão para deitar na rede.
Na varanda.
Por lá parece que o vento demora mais para ir embora.
Tempinho bom para se espreguiçar e deitar de novo.
Pegar impulso na grade, imaginar que voa.
Os pés descalços no alto da tarde.
Suspiros e olhos fechados para ter certeza de que a vida é boa.
Tenho tanta paz quando esqueço das certezas do mundo.
Meu corpo só existindo e respirando.
Sentindo apenas.
Sem distinguir o lindo do esquecido.
Aceitando o embaraço do cabelo, a pele como é.
Abrindo os braços.
E então tudo é poesia
e eu simplesmente
amando o amor.
Te ler é tão bom quanto balançar-se numa rede.
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