quinta-feira, 26 de julho de 2012

Desvario

A moça tinha cheiro de roupa velha, daquelas de fundo de armário. Seus passos eram apertados, o oposto de seu vestido. Um vestido florido e folgado de amarrar na nuca. Por onde ela passasse, os olhares do caminho queriam desatar o nó que encobria sua nudez. O cabelo ondulado e balançante era um convite ao flerte. Dava vontade de acompanhar a dança todo dia pra guardar o sorriso que ela sabia causar. Mas bem se sabe que a moça tem pressa e tem pressa, também, a vida a me chamar.

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